24/02/2012
A que cheira o gozo!
Caminho na brenha virgem,
Entranha-se aquele aveludado de jasmim com a frescura verde,
Ensaio a magnitude introspectiva.
Quedo num ápice e medro os braços ao solo...
Sente-se a gleba de onde venho,
Odor barrento, frágil notar de um perfume de vida
As folhas, no chão, a crescerem para mim.
As folhas no chão cheiram-se em mim
O dorso a mimosear-me.
Rebolo pelo desfiladeiro,
Parando ali...na margem.
E cheiro o que sinto,
Quando se ama o olfacto nasce.
Cheira se a flor no jardim, a frescura do riacho ao fundo.
Deslizo o dedo pelas tuas costas, exala-se a pele,
Entrego o olfacto na concha do teu ombro,
Desprendo me de mim e sinto o cheiro cipreste das tuas catedrais de carne,
Arrojado é o meu olfacto,
Ata-se de sentir ao teu corpo.
Descobre a imensa suavidade do paladar fundido em sabor silvestre,
Cheiro a amora.
Afundas te nos meus olhos e dizes que sabem a mar, cheiram a maresia.
Fumegante, o corpo é um fogo preso a desarmar…
Então...Ergue se a face ao céu,
Já não sinto mas cheiro,
Ateias-me, Oh…nó de cumplicidade!
Rolamos unos pelo chão decadente,
Entre orvalho, entre mofo entre musgo.
Já não sinto,
Só cheiro,
O desejo.
Afundamos na simbiose da emoção,
Aquela que nasce da sintaxe.
Apelamos à eternidade do momento de fundição.
Grito aos gramáticos que perpetuem o tempo gramatical,
Porque já não quero sentir, só cheiro o delírio.
Num soprar de intento, os olhos suam abraçados.
Não sinto.
Ou o cheiro é já só o que sinto?!
Ou sinto que cheiro mais do que sinto?!
Imagens de âmbar, anis, canela, flor de laranjeira…
Cheira me a pureza… pureza crua.
Dois corpos que aromatizam o brenho com pureza crua.
Galopa, cavalo árabe de crista espessa e fulgurante,
Cheira-me a lascividade emotiva,
Sim já não sinto juízo, mas cheiro devassidão ,
E galopo…
Eu e Tu,
Tu e Eu,
A humidade da terra,
A frescura da água,
O escaldar do ósculo,
A fundição,
O gozo do absurdo,
O gozo do irreal.
Sinto gozo!
O gozo que sinto cheira a liberdade…
16/02/2012
Acesso!
Estas garras que ferem a minha fera!
Demons se é para sangrar ( eis a imposição) que seja amor!!
Se vai doer...que seja amor!
Se vai corroer... que seja amor!
Se vai andar, avançar ou recuar...que seja amor!
Epa...se vai acontecer ...então que seja amor!
Demons se é para sangrar ( eis a imposição) que seja amor!!
Se vai doer...que seja amor!
Se vai corroer... que seja amor!
Se vai andar, avançar ou recuar...que seja amor!
Epa...se vai acontecer ...então que seja amor!
05/02/2012
Rasgo de ferro
"Há sonhos que devem permanecer nas gavetas, nos cofre, trancados até o nosso fim. E por isso passíveis de serem sonhados a vida inteira". Hilda Hilst
Mas há sonhos que nos rasgam. Hoje sinto-me novamente perdida nesta trilha de ferragens e o comboio não passa... o sonho não chega, o antigo não morre e o circo da vida não me acena da janela...porque a janela do comboio da vida ainda não passou por esta trilha de ferragens...
E o comboio não passa...
Mas há sonhos que nos rasgam. Hoje sinto-me novamente perdida nesta trilha de ferragens e o comboio não passa... o sonho não chega, o antigo não morre e o circo da vida não me acena da janela...porque a janela do comboio da vida ainda não passou por esta trilha de ferragens...
E o comboio não passa...
01/02/2012
O problema da comunicação
Não é entoativa,é monocórdica, pouco acertiva, sem paixão... Ora cá está, again, a emoção que engloba cada vez mais e universalmente o problema de muita boa gente, empresas, economia e o que demais "vous" aprouver incluir.Problema do sistema educativo em geral e do psiquico de cada um em particular.
O problema comunicativo é pois um problema de apaixonamento.
A comunicação verbal ou não verbal; oral ou escrita deves ser apaixonada, sofrer de paixão e não se redimir à paixoneta! ( palavrinha nefasta que me causa utricária)
Quem comunica de ferroa ao peito e calor de paixão fá-lo de forma exacerbada, em tom alto e rápido e o comum tende a renegar. Odeio a normalidade.
Conclusão matam o orador pelo desânimo e muito por conta do problema psiquico que corrói o comun.
Questão da paixão à parte, mais do que a normalidade, enjoa-me a normalidade associada à pobreza.E no fundo o problema volta a ser a comunicação.
Ontem entrei no wc do Isel, depois de concluir mais um dos exames. Vislumbro uma montruosidade de comunicação. Havia rascunho para todo o mau gosto possivel: pedidos de socorro para um corção sofrido; frases de vocabulo escasso e pobre, de calão horribillis para entoar as mais variadas ofensas;anuncios de satisfação rápida com a pior criatividade sexual possivel. Terminando numa manifestação de liberdade que me espantou e entordeceu, passo a citar "fiz sexo anal no ISEL e os guardas a dormir." O comentário que me veio à mente, enquanto o escotro refilava,BOA! Enfim...a sexualidade não é uma revolução e enquanto a consignarmos a tabus a liberdade não insurgirá.
Alunos universitário estamos com um prolblema de comunicação e de frontalidade, assistido por uma enorme ausencia de ideias, good ideias!!Falta vos paixão pela comunicação e tem o vosso consciente com deficit de noção de belo.
Sugestão: usem a imagem em anexo para ralar de vez a porcarioa fisiológica e a mental. Que pobreza começa a ser uma epidemia grave. Falem de amor com amor, de sexo com originalidade criativa( uma boa imagem promove optimos orgasmos, façam se livres com atitudes de coragem, usem a arte poética para decorar o mundo. Deixem o oviculo de defecar livre de tanta porcaria, já basta a efectiva. Querem partilhar...partilhem com classe!
UFA..." O que é um facto é que esta vida é um wc onde se aborrece uma alma sensível"
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