16/06/2010

Aqui...

Aqui ouvem-se dialectos críticos e reflectidos,
de civilizações jazentes mas eternas.
As linhas arquitectónicas de dóricas,
masculinas e robustas.
Aqui vêm-se esculturas bizarras e coloridas,
feitas de cacos de uma vida doméstica,
numa cozinha decorada de animais de loiça.
Aqui o menino brinca, calmo e sereno
envolto de animais aquáticos
vizinhos de estranhas aves.
Aqui o calor aquece as mãos mas
não incorre na alma,
fria e desperta nas brisas que ondulam
como ligeiros sorrisos,
deste lago,
que nada diz e tudo faz esquecer.
Aqui a dicotomia de cores verdes,
não trazem esperança mas trazem alento.
Ao fundo uma pirâmide multicolor, de faixas,
querendo subir ao alto do céu, que não esta pesado.

E eu aqui ciente de que são os sonhos a vida em que vivo.
Mas falta-lhes a brisa, para que sorriam,
a calma para que existam,
a dialéctica para que se construam
e a cor para subir ao céu,
escada para o fim em vitória..

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