09/03/2010

Um Compasso quartenário e sinto-me feliz

Descalcei-me das pedras enfadonhas do dia...subi as escadas do teatro e percorri o sotão até mirar a grande espelho.
A musica, a dança, enfim a arte em geral sempre foi o grande descompressor. Estou cada vez mais ciente de que se trata do verdadeiro caminho para a felicidade e para a verdade. Será por meio deste que sairei das sombras da "Alegoria da Caverna" e conhecerei o que realmente importa nesta vida mediocre e repleta de superficialidade.
Ouve se salsa, a dança desmesurada e arrebatadora de um povo reprmido que adquire a sua alegria no contorno de enlaces perfeitos, contactos corporais intensos e onde a agitação da melodia os eleva num estado de zen, se o relacionássemos com o mundo oriental. Diria também que fazem nas ruas de Cuba grandes manifestações de delirio saudável, tal como na época clássica o faziam as ninfas domadas pelas inspirações dionisicas.
Enfim começa a aula...a salsa danca-se num compasso quartenário e a frase faz-se de dois quartenários..tudo o resto é condução...conduzem e nós mulheres delizamos pela sala numa efusiva excitação e tudo o resto se difunde...que sensação de elevação...
Para quando uma condução certeira para esta vida ...

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