02/06/2010

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Transcrevo pela beleza e intensidade de o que se sente nele...
Como diz o poeta :
Dizem que finjo ou minto tudo o que escrevo...Eu sinto com imaginação e não uso o coração..
Por isso escrevo em meio...,Sentir? Sinta quem o lê!

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Com cada lágrima que brota deste olhar,
de rosas murchas,
tento espremer, o ultimo resquício de ser e sentir, de existir...
Na penumbra da noite,
consolo no luar frio,
este calor aflito que ninguém compreende ou sente.
A vida que defino na busca da felicidade,
do amor (aquela utopia)
De amor fulgurante,
que se incendeia a cada dia que amanhece,
se multiplica em curvas de prazer em cada anoitecer.
Que embebeda as mentes
com palavras doces mas loucas.
Que provam o bem do vinho dos deuses,
O bem da loucura divina,
O bom de sentir...
O não da consciência destrói e arrebata essa vida,
Torna caos a loucura.
E o problema do mundo não é a loucura,
mas o caos.
O caos de uma linha de vida,
que se perde,
que se corta,
que se abisma:
no zero;
no não;
no nada;
"Esse nada que é tudo
mas um tudo que é nada.
Nada de feliz,
Nada de confortante,
Nada de arrebatador,
Nada de maravilhoso,
Tudo de dor,
Tudo de estrondoso,
Tudo de desolador.
Vida desolada.
Perdida na neblina de um mar vermelho.
Sangue de dor,
de um coração mirrado.


Algures em 2009

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