08/01/2012

Paradise

Paradise : uma utopia que todos desejamos desde sempre. De Ulisses a Anne Frank. O poder da sua obtenção reside na criatividade e ela prevê a imortalidade do sonho. O sonho deve acompanhar-nos.O sonho acompanha-me... Tenho em mim uma vida complexa e trágica. A origem da minha tragédia é como a de Nietzsche: a música.Lembro do teatro grego em Barcelona, que me protagonizou orgulhosa da minha vida. Rodopiei nele como no palco da vida e pedi que fosse fácil, que tivesse sempre vontades... aceitei a imperfeição. Aprendo a encantar me com o natural e com o que a "janela" me mostra.

Existirão as coisas, que são efectivamente vagas coisas. A Vida pede-me que a cative e eu sigo por entre as coisas e sem a certeza das coisas que quero largar. Apetece-me o chão, rastejar e absorver...também me apetece vaguear. Fazer pinos hilariantes, renegar o sol e entender-me com a lua. Quero encontrar a verdade na natureza, como na lenda do girassol, que se ilumina de dia para, em verdade, chorar à noite a sua alma.

A face rosada da vida seria o meu paraíso...calculo que o de todos. Mas sei que a beleza está nas dores consagradas nas rugas cruzadas da face.

Em 2012 quero continuar a saber e a viver a beleza, pelas trilhas das desventuras, das complexidades. Porque as histórias que se eternizam são as aliadas do sofrimento. É de resto por isso que Romeu e Julieta é um clássico, falamos de Júlio César e Cleópatra, lembramos as tragédias gregas e os escritores surrealistas...

E tu?! Queres uma vida rosada ou a beleza tragicamente densa?

Sem comentários: