09/03/2010

As árvores aqui não se despem no Inverno,
Mantém-se perpétuas,
Engrandecidas na sua robustez,
Os órgãos não ululam hoje, ouvem-se finamente.
Uma melodia rasgada pelas asas das aves
Que esvoaçam e cortam de rasgos negros o céu azul.
O vento não corta a face,
E a sombra encara a realidade.
Coloquei-me ao sol ...
Esperava as árvores despidas, as aves quietas
a envolvência diferente...
Não a encontrei assim...
Está paralela...com cores diferentes,
tons mais decididos e frios
verdes e castanhos esbatidos num chão cru.
Domina o frio interrompido por notas quentes
de um sol alto de inverno...
Voltarei na Primavera para ver a mudança,
E Esperar por essa mudança
dentro de mim.
Olhar o lago e a reflexão de uma imagem risonha,
rasgada e florida.
O desenho de uma circunstância povoada de alegrias e calmias.

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